O ano de 2017 está chegando ao fim, e nesse momento paro para refletir sobre os alugueis de imóveis, e compartilho minhas percepções para o mercado de locações em 2018.
O mercado de locações está passando por mudanças consideráveis, o crescimento da procura por locação de imóvel é uma realidade.
Em 2016, estimativas apontavam que 61% das pessoas em busca de imóveis queriam alugar, esse dado vem consolidando e o aluguel tende a crescer sim nos próximos anos, e é justamente sobre isso que vamos falar aqui.
Mercado de locações em 2018: Novas Perspectivas
Desde o início da globalização, o surgimento da internet, e as novas tecnologias, vem contribuindo sobremaneira nas culturas, e projeções novas a cada geração.
O que podemos perceber logo de cara, apenas observando o que está ao nosso redor, captando as pistas dessas mudanças, é no comportamento do consumidor.
Mas o que diferencia esse novo consumidor é a tendência de MOBILIDADE, vivem em um ritmo acelerado, praticamente tudo deve ser instantâneo, prezam em poupar tempo, e amam vivenciar experiências.
Ao modo que temos uma população que envelhece e suas convicções e aspirações são outras, veja o retrato do Brasil no último levantamento do IBGE em 2015 sobre a população:
Imóveis Personalizados
Como os usos e costumes tão distantes de uma geração a outra, o mercado imobiliário já está percebendo a necessidade de desenvolver conceitos de empreendimentos direcionados para cada público, justamente para atender suas necessidades únicas.
É o que chamamos de vocacionar, ou seja, de buscar um conceito de empreendimento que seja resultado de observação das necessidades e tendências da vida cotidiana, é fundamental obter um estudo cultural da população, e é claro a evolução de valores, e no final proporcionar aumento da qualidade de vida das pessoas.
Os principais nichos hoje são, empreendimentos direcionados para estudantes que prezam por localização, facilidades de acesso, se adequam facilmente em imóveis menores, seguindo os conceitos dos lofts nova-iorquinos, o que traz estilo e garante aderência com o público universitário.
E, já os idosos, as palavras-chave para esse público são:
- acessibilidade;
- saúde;
- segurança.
Também estão dispostos a evitar o stress da manutenção de se obter uma casa, esse imóvel adaptado a esse mercado pode até sair mais caro para as construtoras. Mas, é um caminho sem volta e os idosos é um nicho valioso, e com certeza os aposentados são ótimos para tornarem seus inquilinos.
Segundo Robert Shiller (economista e prêmio Nobel), disse quando entrevistado por Tony Robbins no seu livro Money:
“(…) Porque parece haver um tendência para alugueis agora”
Até o autor, cita na mesma passagem:
“(…) Um dos mesmos favoritos, é investir em moradias para idosos, onde é possível receber tanto a renda quanto o crescimento potencial de valorização.”
Coliving / Cohousing
Com o crescimento acelerado da densidade demográfica, no livro a História do Futuro a economista Miriam Leitão diz que até 2050, 67% da população mundial estará nos principais centros urbanos, portanto minimizar espaços e aproveitá-los ao máximo tornou-se algo essencial.
O compartilhamento de ambientes é uma tendência urbana global e é uma forma de viver muito mais acessível e descomplicada. A ideia vem dos anos 60, que se popularizou nos Estados Unidos, Canadá e Europa.
Considerada uma excelente alternativa para jovens trabalhadores, empresários, artistas, idosos, solteiros e nômades digitais. Eles preferem não desembolsar quantias relevantes para manter uma moradia particular, por isso desejam opções mais econômicas e acessíveis, o que essas moradias compartilhadas propiciam um meio melhor de suprir suas necessidades sociais e de infraestrutura.
Percebe-se que será mais presente no mercado de locações em 2018.
Coworking
Coworking é uma nova forma de pensar o ambiente de trabalho. Seguindo as tendências do freelancing e das start-ups, os coworkings reúnem diariamente milhares de pessoas a fim de trabalhar em um ambiente inspirador.
O empreendedor tem ainda vantagens como não precisar de investimento inicial, pois já se instala em um ambiente estruturado e mobiliado, e também pelo fato de poder reduzir custos operacionais, desde a internet, outros custos fixos, até o cafezinho que servirá para seus clientes, possibilitando que esses recursos poupados possam ser investidos em estratégias para alavancar o negócio.
Segundo o Censo Coworking Brasil 2017 que realizou um importante estudo sobre o mercado de escritórios compartilhados brasileiro, verificou um aumento de criação de espaços de 114% em relação ao ano anterior, um setor que movimentou 82 milhões de reais, com 313 mil metros quadrados ocupados.
Ou seja, um mercado com um potencial enorme de expansão que continuará a se consolidar no mercado de locações em 2018.
Aluguel como Sinal de Negócio
Devido a quantidade de estoque ocasionada pelo “boom” imobiliário, algumas construtoras apostaram em uma novidade para atrair potenciais clientes compradores, mas que devido ao momento do mercado, ou como uma alternativa de conhecer melhor antes de aplicar suas economias, e assim ter a certeza de que está tomando a decisão certa, quanto ao bairro, sua vizinhança, e se o empreendimento de fato atende as expectativas.
Esse conceito foi denominado de “test-drive” iniciado pela Gafisa, em que os interessados podem alugar por até um ano o imóvel desejado. Após o período, se decidirem pela compra, o valor total do aluguel é descontado da entrada.
Acredito que outras empresas possam gostar da ideia e implementar também, mais uma sugestão para o mercado de locações em 2018.
Locação Por Temporada
Segundo a Pesquisa realizada pelo Technavio (empresa líder em pesquisa de mercado com cobertura global) o mercado de aluguel de férias mundial será de USD 193.89 bilhões até 2021.
Os analistas destacam os seguintes três fatores-chave que contribuem para o crescimento desse o mercado:
1. Aumento da economia compartilhada:
A economia de compartilhamento vem do propósito de oferecer benefícios ambientais, econômicos e comunitários, aumentando o uso dos recursos disponíveis. Os clientes prosperam em tais ambientes, percebe-se que a Geração Millenials está aberta a esse estilo de acomodação.
Com a crescente aceitação deste tipo de acomodação e benefícios que ele fornece, as receitas das empresas que seguem este modelo aumentarão exponencialmente.
2. Expansão da distribuição on-line:
O planejamento de férias mudou principalmente devido àinternet, assim a maioria dos viajantes tem confiando em fóruns on-line para decidir sobre o destino, o itinerário e a reserva de transporte e alojamento, vide os sites, aplicativos e comunidades sobre essa modalidade de mercado.
3. Aumento de investimentos em casas de férias:
As casas de aluguel estão atraindo investimentos, melhorando suas características e adotando melhores estratégias de marketing.
Além disso, o número de investidores que adquirem casas unifamiliares para usá-las como aluguel de férias está aumentando, gerando assim o crescimento do mercado.
Veja as cidades brasileiras que experimentaram maior crescimento no número de reservas, segundo o site AirBnb, e que serão mais buscadas no mercado de locações em 2018:
Matinhos (PR) – 209%
Guarapari (ES) – 205%
No início do ano irei publicar um material mais completo sobre o potencial da Locação Por Temporada, e quais as minhas dicas para se obter sucesso nessa modalidade de aluguel. Fique ligado!
Proprietário “Domestico” X Investidor
Não me leve a mal, mas costumo identificar um proprietário “domestico”, que tem por sua definição: “que se realiza dentro de suas fronteiras”, ou seja, um proprietário de imóvel que tem uma visão arcaica, e é focado no passado, onde pelo fato de ter conseguindo atingir resultados satisfatórios anteriores só consegue enxergar essa forma de rentabilizar seu imóvel, replicando sua “formula” incontáveis vezes.
Eles costumam dizer:
“Em 2013 o aluguel era 1.800, como agora é 1.500 ?? Não abaixo!
“O Locatário que se vire”
“Não vendo imóveis, só compro!”
Tenha a mentalidade de um verdadeiro investidor, mesmo se você tenha apenas um imóvel, um dos maiores segredos para o sucesso, é a ANTECIPAÇÃO.
Enquanto alguns reagem a nova realidade, outros antecipam, e você em qual quer está?
No nosso Curso de Administração de Imóveis Residenciais na Prática, temos um módulo chamado: Todo proprietário de um imóvel é um investidor, mas são poucos os que sabem disso. Seja um deles!
2018 está as portas!
Faça do aluguel de imóveis uma maneira de gerar renda, mas indico que para isso contrate um Administrador de Imóveis, pois os grandes investidores sabem do potencial de ter um profissional gerindo adequadamente seu patrimônio.
Conte comigo nesse mercado de locações em 2018!